Pesquisas Inconformadas

quarta-feira, setembro 22, 2004

Estou farto...

De tudo e de todos,
De palhaços e bobos
E dirigentes tolos.
De não ter dinheiro
Nem para dar um passeio...
A pé!
Porque para mais não tenho fé!
Do trânsito,
Do caos que é
Viver para trabalhar
Quando o normal seria
Trabalhar
Mais um dia
Para viver
O brotar do anoitecer,
O esplendor do amanhecer...

Não! Chega! Basta!
Vou passar a pasta
(espero que) Solenemente!
Se não... à rasca.
Como for!
Tanto se me dá!
Na lapela uma flor
Na mão um guaraná.
Ginseng, Pau-de-cabinda
Publicidade enganosa, ainda
Neste virar de milénio.
Age-se como se nada fosse,
Como se o dinheiro se comesse, doce.
Vive-se à sorte...
E a vida, fica para o fim
Para um lamento no último suspiro
Já a espreitar o leito da morte.

Enfim...

Uau...

Quase 1.500 visitas desde que instalei o contador. Parece que o meu blog, começa a ser visto por mais pessoas. E parece que gostam :). Sim, porque por muito leão (narcisista) que eu seja, não me ia colocar a visitar o meu site para chegar a este número.

Baril!

Mas aviso já que o blog vai continuar no mesmo formato. De caderno de notas dos meus pensamentos, das minhas indignações. Imperfeito, como só a perfeição consegue invejar. Não quero um blogue de massas, para massas. Aderi a este "movimento" porque me apraz deliciosamente esta salutar atitude de poder dizer o que eu penso, sobre quem quiser, sem ter de dar cavaco a ninguém. E espero que daqui a uns meses tenha mais de 3.000 visitas. Não entendo isso como um sinal de que o meu blogue está a crescer e a ser popular (populista?) mas sim de que há mais como eu...

Será?

Por isso, pelo menos até chegar aos 3.000, este blog vai continuar a ser o meu blog, mas aberto a todos os que o quiserem ler e contribuir. Polémicas apreciam-se sobremaneira :).

quinta-feira, setembro 09, 2004

Ensaio sobre ser um mendigo.

Não cortar a barba nem o cabelo, não ter de se preocupar em escolher a roupa de manhã nem se vai chegar atrasado ao emprego. Isto porque, não há bons empregos. Pelo menos para quem quer apenas ganhar o pão que come. Há bons empregos para quem quer comprar um Porsche, roupa fashion, ir aos melhores restaurantes e conviver com gente também muito fashion, passar férias nos melhores paraísos comerci... perdão, tropicais, etc... Mas para quem quer fazer do emprego apenas isso, um emprego, por muito que dele goste não há bons empregos. Um padeiro, mesmo que faça o melhor pão do seu país, nunca ganhará o mesmo que o pior dos administradores. Não tem, portanto, um bom emprego se quiser constituir família com o conforto adequado. A solução será ele próprio tornar-se um administrador, mas ser um administrador não é fácil! Tem de se casar com o emprego. Estar-se sempre disponível para ele, constantemente pensar nele e nas formas de o melhorar. Mas ele não se quer casar com o emprego, ele nem sequer pensou ainda em casar-se e então desiste e vai para as ruas, viver do que os que têm bons empregos lhe dão enquanto se enganam julgando que são melhores que ele, enquanto se julgam pios por lhe darem migalhas quando lhe poderiam dar muito mais, enquanto julgam que ele, e não eles, está ali, naquele "emprego", porque não teve escolha.

Melhor impossível

Será? Quem sabe? Ninguém e quem sabe não diz, apesar de o afirmar.

Obviamente é sempre possível melhorar, mas depende do ponto de vista pois melhorar para um pode não o ser para outro. Por isso talvez, sim, melhor é impossível. Diferente, sim, é possível!

Melhor, para já, é impossível. O futuro espreita com inveja do presente e desdém saudosista do passado. Mas ele sabe que tudo dele depende, mesmo o presente! E contenta-se, senta-se no seu canto, com um largo sorriso amarelo de quem sabe mas não diz, e vai dando as cartas neste jogo da vida.

Sejas bem vinda!

Nova entrada na tabela (não é do Top+)

Um blog recomendado, depois visitado e, agora, finalmente ao qual (aqui) foi dado o destaque merecido.

Falo deste blog onde a poesia flui de uma forma tão natural que chega a ser consternador para quem se limita a ler, a suspirar e a sorrir depois de os olhos fechar para aqueles momentos viver e imaginar.

Como a poesia não é uma constante, fica nas menções de uma vez por semana.

quarta-feira, setembro 08, 2004

Então mas estes ministros são pessoas?

"A curta cerimónia, que contou ainda com a presença do secretário de Estado da Juventude e Desportos, Hermínio Loureiro, foi antecedida pelo "passeio" motard ministerial, altura em que Henrique Chaves, que acumula também a pasta de Ministro Adjunto do Primeiro- Ministro, e Telmo Correia deram duas voltas ao circuito português numa moto Ducati de dois lugares."

In Sapo Infodesporto, 2004.09.05"

Então mas e agora os ministros tb gostam de andar de mota? Qualquer dia convenço-me que são pessoas normais...

Acho que o meu mal é sono! =:P

terça-feira, setembro 07, 2004

Pormenores...

Ele há dias em que um ministro não pode proibir um barco de entrar em águas nacionais... então não é que a corveta que o Tortas mandou para vigiar o Borndiep, tinha o mesmo número (F486) que a pílula abortiva (RU486)?

Tsk, tsk, alguém do gabinete falhou este importante pormenor... Bad boy, hoje não há palmadinhas para ninguém! Vais de castigo para o gabinete sem jantar!

Palavras para quê?

Não tenho ligado nenhuma a este meu blog. E a culpa vai toda para a minha "nova" casinha à beira-mar, num sítio na periferia de Lisboa e que ainda não tem Internet em banda larga (a Exame Informática não se farta de cascar no atraso ao plano nacional para a banda larga).

Mas não podia deixar de escrever umas linhas sobre os acontecimentos ainda recentes na memória, e que tenho um palpite que voltarão em breve à actualidade mediática, do Paulinho Tortas e do navio Borndiep.

Qual fidalgo medieval em tempo de pirataria naval, Tortinhas (é assim que os namorados o chamam) - essa maluca reprimida -, vedou o acesso à organização Women On Waves, com o parco argumento de atentado à saúde pública. Segundo consegui apurar, com as minhas qualidades de médium, ele estava com medo que o barco fosse ao fundo com as mulheres que não têm dinheiro para irem a Badajoz e viam aqui uma saída 2 em 1. Resolviam o "problema" e ainda davam um passeio de barco. Ora, com o barco atracado no Tejo, se este fosse ao fundo, imaginem o problema que era retirarem-se aquelas grávidas todas daquelas águas "cristalinas". Mas não se pense que a razão da proibição estaria na possibilidade de o barco ir ao fundo, até porque seria um problema resolvido com um mal menor (assumindo, humildemente - ao melhor estilo Tortiniano - claro, que se conseguiam resgatar todas as grávidas)... o problema era o de que, para além de se terem de mover meios humanos abundantes para resgatarem todo aquele mulherio pranho (salvo, talvez, a tripulação), aquelas que "engolissem uns pirolitos" antes de serem salvas iriam certamente adoecer e, talvez, abortar. Ora o adoecer implica meterem baixa e já se sabe qual a posição do Tortinhas em relação às baixas - dão prejuízo ao estado e os ministros não podem renovar a frota de carros já com mais de 2 anos. E o abortar... o abortar dEUS meu!!! Em território nacional? Não, isso não, isso seria impensável... "então", pensou ele, "se Eu não proibir o barco de entrar em PT e ele afundar-se no Tejo e as grávidas engolirem aquela água e adoecerem e abortarem, Vou estar a permitir o aborto em território nacional! E com o "patrocínio" do estado, pois as "meninas" vão estar de baixa..." Consta que ele terminou o seu discurso mental com "Só por cima do meu novo Audi!".

Palavras para quê? É o Tortas no seu melhor! É o Tortas com todo o seu esplendor, de pompa, gala, tacões altos, plumas e maquilhagem drag em plena parada de dia de orgulho gay. Ah, sua maluca...