Hoje fartei-me de olhar para aquele céu azul e zombeteiro, altivo e gozão e aprisionei-o.
Coloquei um espelho, no fundo de uma caixa, bem no meio da rua e, devagarinho, fui espreitando para dentro dela a ver se ele lá estava.
De um salto coloquei-lhe uma grade em cima.
(Os minutos seguintes foram passados comigo em pé a admirar o céu por debaixo dos meus pés.)
Senti-me um Deus enquanto o pisava, lhe dava ou retirava sol, deixava que os pássaros e as nuvens nele viajassem.
Senti que estávamos quites.
Mais do que isso!
Senti que ele tinha entendido que lhe poderia fazer aquilo sempre que quisesse.
"Desci à terra".
Acocorei-me junto da caixa e sorri enquanto lhe retirava a grade de cima.
Olhei para cima e ele sorriu de volta para mim.
segunda-feira, junho 27, 2005
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1 comentário:
Excelente...
Já estava na hora de começares a actualizar o estamine!!!
Abraços
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