Chegas amanhã,
Que já é hoje.
Contei as semanas,
Os dias,
Agora as horas
e em breve os minutos.
Em que te posso rever,
Cheirar com os meus dedos,
Beijar com os meus olhos,
Saborear com o meu nariz.
Como quando era pequenino
e chegava a casa
e a minha mãe tinha feito o meu prato favorito.
A minha mãe riu-se,
Quando lhe disse que morria de saudades.
Sorriu largamente e vi-lhe a alma brilhante.
Uma mãe sabe destas coisas.
Sabe quando o seu filho desespera profundamente,
Como um poço,
Um poço de paixão,
E carinho
E paixão
E saudade
E paixão
E amor.
Amo-te.
.
.
.
Entrego-te agora, por esta via, o meu coração. Mesmo que não o saibas, mesmo que não (me) leias por aqui. Já está usado, um pouco mal tratado, eu sei. Mas é o melhor que tenho em mim... Não! Mentira! É o melhor que tenho de mim! O melhor que tenho em mim és tu. Apoderaste-te dos meus lábios e da minha pele naquela noite em que tudo começou. Subiste-me à cabeça mais rápido que o vinho e, quando te fartaste das vistas, desceste ao meu sexo. Divertiste-te, e como, por lá (eu também). Subiste-me ao coração. Inteligente (mas também não queria de outra forma). De lá, como um adenovírus bondoso, foste bombeada para todo o meu ser. Estás nos meus olhos, na minha boca, fazes-me tremer as pernas de vez em quando, perder a cabeça, invades os meus sonhos, as minhas fantasias, tudo sem pedir licensa nem dizer obrigado no fim.
Como um toxicodependente não procuro a cura, apenas o vício. Sei que ele não acaba enquanto eu o alimentar... mas quem o pode deixar morrer assim, à fome, desamparado? Eu acolho-o de braços abertos, amparo-o, dou-lhe uma sopinha quente e um bocado de pão e, por fim, deito-o na minha cama, no meu colo, no meu regaço. Faço dele um regato, com cascata e tudo. Nele mergulho, dela mergulho, nado, chapinho, submerjo e tento suster a respiração, vou ao fundo apenas para ganhar mais impulso para subir e no fim, deito-me na margem. Exausto, deito-me sobre um dos lados e aninho-me em ti.
sexta-feira, agosto 26, 2005
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4 comentários:
Fiquei sem palavras, amigo.
É caso para dizer que as coisas boas também acontecem ás boas pessoas.
E a felicidade dos amigos reconforta-nos.
Grande Abraço para ti e um beijinho para ela :)
boa escrita!
Até a mim, um Troll empedernido se me derreteu o coração ao ler tal trova de amor.
O coração deve ser realmente uma coisa linda. Não sei a quem é dedicado, mas calculo, que seja a quem penso, pelo título.
Um abraço. Quem escreve assim merece realmente ser feliz, e como os blogs nos permitem conhecer um pouco uns dos outros apenas foi uma confirmação do que já suspeitava. És relmente um tipo impecável.
Vá lá, não te babes.
Beijos e abraços.
Babei-me todo ontem, nos braços dela!
E sim, Daniel, é quem tu pensas! O Stephen, meu amigo, tb a conhece :).
Nelson, a escrita já lá estava, eu apenas a descobri num momento de inspiração. Mas obrigado :).
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