Este não é um post machista nem misógino, ou pelo menos não tem nenhum fundamento nessas bases...
É a minha realidade, a minha análise da situação que eu encontro nas mulheres que ao longo da minha vida se cruzaram comigo e das outras que não conheço, mas sobre quem a informação viaja por todos os meios ao seu alcance.
Vou tentar ir por partes, como o estripador:
Parte 1 - Falta de Homens
O facto de haver menos nascimentos de bebés do sexo masculino alimenta todas estas e as outras situações (razão pela qual movi esta frase para o início) que vou relatar.
Claro que há muitos elementos do sexo masculino, mas desde a emancipação da mulher que esta evoluiu socialmente muito mais que os homens. Talvez isso explique algumas coisas como o facto de, nos últimos anos, ter havido um aproveitamento (momentâneo, falhado), especialmente da parte das indústrias de Marketing (MKT) da tentativa de alguns homens (os filhos e netos das emancipadas) acompanharem essa evolução da mulher, para tentar estabelecer um padrão masculino - estou a falar do metrossexual - apenas para se perceber aquilo que muitos homens a duras penas aprenderam ao longo da vida. Que a mulher é um bicho tão complexo que não quer um homem padrão, não quer um homem que passe mais tempo em frente ao espelho que ela, por muito bonitos que possam parecer (não sei se são, se não) um David Beckam, ou Miguel Veloso... quer um homem "patrão", seguro de si e que lhe consiga transmitir alguma dessa segurança. E, condição das condições, si ne qua non, que a ame, com todos os seus (dela) defeitos e feitios, acima das virtudes. Posso, portanto, afirmar que "o mercado", usando linguagem financeira, funcionou em pleno, havendo muitos elementos do sexo masculino e poucos Homens (homossexualidade à parte - para quem me entende), a cotação dos Homens subiu e dos bonitos e elegantes então, upa, apenas para estabilizar à medida que a decalage entre o comportamento (social) entre homens e mulheres ia diminuindo. Os papéis já não são tão distintos, para além de já não haver a história de a mulher ficar em casa a tomar conta dos filhos (embora eu entenda que socialmente tivemos um retrocesso demasiado - mas adiante), há alguns (aqui o escriba incluído) que resolveram experimentar o prazer de acompanhar a evolução da prole pelo tempo máximo que a Lei o permite (e mais houvesse). Aqueles que não acompanham a evolução que o tempo impera, terão de encontrar uma mulher à antiga, com os valores do tempo das nossas (bis)avós... ou fingir e mentir, aumentando a cotação dos que são the real deal.
Parte 2 - As diferenças invisíveis
Todos queremos encontrar o amor, não é contra esta situação que vou atentar... a ver se me consigo explicar sem perder este "Norte".
Numa situação igual, os homens lidam melhor com a ausência de companheiro que as mulheres. Não falo de manipulações, de pessoas que entregaram fortunas a troco de alguma companhia (novamente, por amor, não falo - ainda - de prostituição), pois isso é uma característica própria de algumas pessoas e uma predisposição noutras. A verdade é que o homem é um animal, à semelhança do resto da Natureza, muito mais carnal e menos emocional, que a mulher. Ao homem o amor chega em doses mais pequenas do que à mulher. Mesmo a cena de arranjar parceiros de ocasião (engates), amizades "coloridas", recorrer a prostituição, ou mesmo a mais grave, de assumir uma relação com alguém com quem não se está à partida predisposto a partilhar uma vida, é entendida com muito mais ligeireza, leviandade até, pelo homem, que pela mulher (havendo claras excepções, sempre). Sem quere recorrer, ou sequer inventar chavões, a verdade é que não é incomum ver um homem nos seus 40's, ou mais, bem apresentado, bem vestido, com uma boa moral (não no sentido eclesiástico) e com uma bela mulher ao seu lado e sem se stressar muito se ela é namorada, amiga, ou algo mais, mas na mulher a coisa pia mais fino. Para o homem é mais fácil conquistar a companhia de uma parceira mais nova, ou bonita, que o contrário. Sendo quase certo que o pedido de casamento parte do homem (há coisas que ainda são tradicionais), o certo é que todo o processo que leva até esse momento é maestralmente conduzido pela mulher, especialmente quando elas dizem que não querem casar já :). A predisposição natural das mulheres para juntar trapos (seja pelo matrimónio, ou não) e constituir família é maior, de resto em linha também com a generalidade das fêmeas da Mãe Natureza.
Parte 3 - Finalmente, as mulheres
E a culpa de tudo isto é de quem? Não, não é dos homens, é das próprias mulheres - novamente, não é misoginia. Com o mercado a funcionar em pleno, as formas de encontrar e manter um Homem em sua companhia são variadas e as estratégias, inconscientemente aprendidas durante o crescimento da pessoa. Na falta de um Homem, um elemento do sexo masculino que corresponda a alguns (mesmo que poucos) dos predicados, serve. A resignação nas mulheres é maior o que explica também a disparidade dos números, quando falamos em percentagem dos homens que atinge o orgasmo numa relação sexual, vs as mulheres. No homem o orgasmo é quase mecânico, nas mulheres, para-citando o Californication, é como desactivar uma bomba mental, com centenas de fios ligados a diferentes "componentes". Um passo em falso e a bomba detona, focando a cabeça da mulher naquele pormenor em específico e já não a deixando mais livre para gozar o momento.
Qual é o passo mais fácil? Ser bonita! Ou melhor, ser mais e mais e mais bonita! Mais bonita que as amigas, mas especialmente que as "enimigas". E esta é a preocupação principal de 99% das mulheres, tudo o resto vem em segundo plano. Em algumas isto depois altera-se na parentalidade, noutras piora! Digam o que disserem, na minha análise (e sublinho, minha) a preocupação constante com a beleza externa é passada de mães para filhas, mesmo nas formas mais indeléveis. O dinheiro que as mulheres gastam em cosmética é exorbitante e isso não me assusta, mas não há um limite a não ser o quanto se ganha ao fim do mês, ou o quanto os progenitores dão de mesada! Não há um descernimento eficaz do que é trigo e joio e, na ânsia, vão a correr atrás do prejuízo, só se preocupando (especialmente em PT) com a beleza quando ela começa a falhar (e aí já é tarde, por muito que o creme Je Ne Sais Quais, dos laboratórios L'Argent apregoe que o seu creme consegue fazer a pele, as estrias, ou a celulite, voarem 10 anos para trás na máquina do tempo). Também quero ser sincero... esta geração das netas das emancipadas foi apanhada numa encruzilhada. Com sorte nas próximas o problema resolve-se. As mulheres passaram, de uma forma estável e geral (não falo de princesas que se tornaram raínhas), de donas de casa e mães de filhos até perder conta, a CEO's de multinacionais (e, em muitos casos, sem filhos, ou com apenas 1 ou 2) num período relativamente curto no que confere à história do homem moderno. Como tal há uma certa tendência natural em rejeitar os ensinamentos antigos das suas avós. Mas, como eu costumo afirmar, nada é 100% mau e nada é 100% bom. O que se perdeu foi que a mudança repentina de papéis criou um vazio que foi preenchido com refugo. A única coisa que permaneceu, que colou, digamos assim, foi a preocupação com a imagem. E, como tudo onde não há concorrência, essa preocupação é exacerbada e exagerada. A quantidade de mulheres que decide fazer cesariana, só para dar um exemplo, contra todos os incovenientes para ela e para a criança, por imperativos falsos (muita vezes aliciada por interesses financeiros privados) e contrários ao bom desenvolvimento do ser humando, é preocupante. A falta de exercício físico (costumo dizer que só se olham ao espelho de frente), que permite manter o tónus muscular é substituída por refeições leves, para eliminarem a gordura, mesmo aquela que necessitamos para proteger as articulações, por cremes e por operações plásticas e injecções de botox. É uma coisa atrás da outra e da outra, numa avalanche que depois não há como parar. A falta de educação também está na ordem do dia. Uma mulher não pode ser educada sem ser submissa? Mas que raio? Claro que sim! Mas não o é, ou melhor, assume que a primeira implica a segunda, então vai de ser (des)propositada. Mas desenganem-se aquelas que acham que a beleza é tudo, que é o passaporte para a fama e fortuna. Mesmo naquelas para quem é, se depois não houver inteligência, ou pelo menos esperteza, por trás, essa fama e fortuna vai pelo ralo abaixo, geralmente no pior momento, que é aquele em que precisamos... no avançar da idade! A beleza é o chamariz, claro, sem atracção física o ser humano não se interessa rapidamente, leva uma eternidade até conhecer e a deixar-se levar pelo sentimento. Mas, pasme-se, tão rápido quanto chegaram,vão-se embora aqueles que, depois de verem, provarem, experimentarem e, muitas vezes, fazerem das tripas coração essas mulheres lindas por fora. Porque elas não são interessantes, esvaziaram-se de conteúdo em prol da forma. Mas, no expoente máximo, se a beleza é ser como um manequim (e não uso a palavra modelo propositadamente) então o futuro é numa qualquer montra de loja! Acho que isto exprime bem o rídiculo de toda a situação. Só de um manequim se exije apenas forma. E quando o interesse se perde em conjunto com a tesão, a companhia esvai-se.
Neste ponto quero honrar a minha actual companheira. Embora considere que pudesse fazer um pouco mais de exercício físico, o facto é que a sua companhia é, tem sido e espero que continue a ser, uma Rosa (obviamente, com os seus espinhos - mas não temos todos?).
in http://oinconformado.blogspot.com
quarta-feira, junho 09, 2010
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