Pesquisas Inconformadas

quinta-feira, janeiro 22, 2004

Liberdade, ou libertinidade de imprensa?

Não sou muito a favor de discursos políticos. Nem sequer sou muito a favor da política. Mas gostei dos discursos dos nossos 1º Ministro (PM) e Presidente da República (PR) no outro dia.

Por definição e por base sou contra a censura. Toda ela! Mas tb entendo que, apesar de não haver tal coisa como liberdade a mais (ou há liberdade ou não há), há que se respeitar o espaço dos outros porque a minha liberdade acaba naquela ténue linha onde começa a dos outros.

A classe jornalística é uma das mais previlegiadas deste país. Vem-me de repente o caso da jornalista da SIC, Maria João Ruela, que ficou ferida no Iraque e que, supostamente e até prova em contrário, foi transportada por um avião do INEM. Ou seja a Sra ficou ferida em trabalho, para uma empresa privada, e o estado (os contribuintes), ainda por cima em tempo de crise, freta um avião do INEM, cuja existência creio que tanto eu como a esmagadora maioria dos Portugueses (PT) desconhecia e traz a senhora para cá. A SIC poupa umas centenas de contos e provavelmente vai retribuir arquivando algumas notícias (Caso Moderna?) na gaveta! Ao menos fiquei, tal como outros PT, a saber que o INEM tem um avião!

Mas voltando ao discurso, o PR, falava em extender a obrigação de manter o segredo de justiça aos media o que, a confirmar-se havendo RAD (tomates) políticos, vai certamente permitir que alguns pseudo-jornalistas, que se preocupam mais com o que a notícia vai vender do que com a qualidade e/ou veracidade da mesma, pensem duas vezes antes de lançarem o caos sobre processos e pessoas inocentes (pelo menos todos são inocentes até prova em contrário).

Vamos ver se há ... tomates!