Ora parece que o Tortas se demitiu e ninguém o quer substituir! Oh, que pena os principais/prováveis candidatos à liderança se mostrarem todos indisponíveis! Parece que ele vai ter de se recandidatar à sua própria sucessão. Deve fazê-lo contrariado, muito contrariado! E, certamente, quando falar para a comunicação social, fá-lo-à com um discurso absolutamente improvisado, uma coisa 100% do momento.
A palavra palhaçada veio-me várias vezes à cabeça durante a escritura deste texto... e a expressão fait divers tb... não percebo porquê!
:O
quinta-feira, fevereiro 24, 2005
segunda-feira, fevereiro 21, 2005
Tortas Demite-se, Santana Tem Medo
Eu sabia que estas eleições iriam ser esmagadoras para a direita portuguesa, muito por culpa dela própria. Mas não previa um resultado tão bom!
O Paulinho das Feiras engoliu as palavras, o orgulho, a pomposidade, e demitiu-se por, além de não ter chegado aos 2 dígitos (a palavra utopia vem-me à cabeça), perdeu terreno para os comunistas e bloquistas (quem serão os Trotskistas?)! Vamos ver é se esta demissão é só "para inglês ver" (um pedido de confiança às hostes) ou se é de alguém com RAD.
Santana Lopes marca congresso extraordinário, a ver se escapa só com um puxão de orelhas e/ou uma palmadinha (na mão, que ele é muito maXo)! Citando o Gervásio Palha (RAP) ... Acho que não!
Feitas as contas os debates que mais gostei foram os da TVi (pasme-se, mas também, chamaram os pesos pesados todos da estação), seguido da RTP e só depois a SIC. A Manuela Boca Guedes apanhou o Morais Sarmento em contradição com uma mestria que ele próprio ficou sem uma resposta de jeito : "Desculpe Dr. Nuno Morais Sarmento, mas o sr. acabou de admitir agora o que andou a negar durante o debate todo! Se os portugueses passaram um cheque em branco e deram um tiro no escuro, então o que eles não queriam mesmo era que o PSD ganhasse!".
Não gostei do mau perder que o PSD (excepto o Pacheco Pereira) e o CDS demonstraram em debate. Esta história de minimizar as vitórias dos outros com um "Ah e tal, isto não é uma vitória - esmagadora - deles, é um voto contra nós" está demasiado gasta e é passar um atestado de estupidez ao povo português. Ora então o que é que foi a vitória do PSD/CDS quando, há 3 anos, António Guterres (espero que não seja este o candidato presidencial pelo PS) abandonou o governo? Tenham dó! Por favor...
O Paulinho das Feiras engoliu as palavras, o orgulho, a pomposidade, e demitiu-se por, além de não ter chegado aos 2 dígitos (a palavra utopia vem-me à cabeça), perdeu terreno para os comunistas e bloquistas (quem serão os Trotskistas?)! Vamos ver é se esta demissão é só "para inglês ver" (um pedido de confiança às hostes) ou se é de alguém com RAD.
Santana Lopes marca congresso extraordinário, a ver se escapa só com um puxão de orelhas e/ou uma palmadinha (na mão, que ele é muito maXo)! Citando o Gervásio Palha (RAP) ... Acho que não!
Feitas as contas os debates que mais gostei foram os da TVi (pasme-se, mas também, chamaram os pesos pesados todos da estação), seguido da RTP e só depois a SIC. A Manuela Boca Guedes apanhou o Morais Sarmento em contradição com uma mestria que ele próprio ficou sem uma resposta de jeito : "Desculpe Dr. Nuno Morais Sarmento, mas o sr. acabou de admitir agora o que andou a negar durante o debate todo! Se os portugueses passaram um cheque em branco e deram um tiro no escuro, então o que eles não queriam mesmo era que o PSD ganhasse!".
Não gostei do mau perder que o PSD (excepto o Pacheco Pereira) e o CDS demonstraram em debate. Esta história de minimizar as vitórias dos outros com um "Ah e tal, isto não é uma vitória - esmagadora - deles, é um voto contra nós" está demasiado gasta e é passar um atestado de estupidez ao povo português. Ora então o que é que foi a vitória do PSD/CDS quando, há 3 anos, António Guterres (espero que não seja este o candidato presidencial pelo PS) abandonou o governo? Tenham dó! Por favor...
sexta-feira, fevereiro 11, 2005
Politiquices II
Sou apartidário e por isso sinto-me à vontade para comentar. Sinceramente estou farto de ver e ler trocadilhos com o facto de o Fócrates (poder) ser homosexual. Como se ser-se bicha, azul-escuro ou cristão tenha qualquer influência na vida política... Bem, se calhar cristão sim, pelas últimas colheradas que a igreja tem metido...
Sorriso Amarelo
Mais amarelo que as rosas, eram os sorrisos do Tortas ao cumprimentar toda aquela gente no mercado :).
quarta-feira, fevereiro 09, 2005
Closer
Excelente. Uma história intercruzada de dois casais e de como se deveriam tratar os desaguizados amorosos. Uma lição sobre a honestidade e a falta dela, sobre homens, sobre mulheres, sobre homens e mulheres e de como alguns homens se recusam a crescer (e de como as mulheres querem todas o mesmo).
I can't take my eyes off you...
Além de que a Natalie "Queen Amidala" Portman deixa em "aberto" uns argumentos... convincentes :).
Os diálogos são demasiado rápidos e intensos. Não é o tipo de filme que se consiga ver a comer pipocas... ou pelo menos o tipo de filmes que, a comerem-se as pipocas, não se quebra a atenção à procura daquela que nos caiu para o colo.
I can't take my eyes off you...
Além de que a Natalie "Queen Amidala" Portman deixa em "aberto" uns argumentos... convincentes :).
Os diálogos são demasiado rápidos e intensos. Não é o tipo de filme que se consiga ver a comer pipocas... ou pelo menos o tipo de filmes que, a comerem-se as pipocas, não se quebra a atenção à procura daquela que nos caiu para o colo.
Simples imbecilidade II
Actualização do post anterior.
Quando recebi aquele email percebi que tinha ido para, além de mim, o seu grupo de amigos. Como tal nunca poderia ser, estritamente, uma conversa entre dois amigos. Constatei, após uma pequena busca no seu blog, que o conteúdo do email estava lá. Entendo este enviar a múltiplos destinatários, ao estilo polvo, como um convite pessoal mas não exclusivo nem vinculativo a "queres falar comigo?".
A minha resposta é: Contigo, sempre!
Outro abraço!
Quando recebi aquele email percebi que tinha ido para, além de mim, o seu grupo de amigos. Como tal nunca poderia ser, estritamente, uma conversa entre dois amigos. Constatei, após uma pequena busca no seu blog, que o conteúdo do email estava lá. Entendo este enviar a múltiplos destinatários, ao estilo polvo, como um convite pessoal mas não exclusivo nem vinculativo a "queres falar comigo?".
A minha resposta é: Contigo, sempre!
Outro abraço!
Simples imbecilidade
Um amigo meu "acusou-me" (lembrou-me bem ao género de esfregar na cara :) ) que não tenho actualizado o meu blog. Esse meu amigo enviou-me uma carta daquelas que nos fazem pensar. Quando acabei de lhe responder pensei que, melhor que lhe enviar a resposta via email seria deixá-la aqui. Uma marca de um momento de reflexão, um desabafo, uma conversa entre dois amigos que não seja apagada pelo botão de Delete do teclado, após ter sido lida no programa de email:
> COMO?
>
> Como é que se consegue não ser suficiente.
> Como é que se vive com isso?
> Como é que conseguimos enfrentar a ideia de que tudo aquilo que fazemos,
> baseado numa lógica de positividade e afecto não serve de nada? Como é que
> se consegue de alguma forma racionalizar que o contributo das nossas acções
> não produz efeitos a qualquer nível?
> Como é que se aprende a não bastar? A ser aquilo que não chega? A não
> perceber o mínimo sentido para as coisas precisamente porque as reacções
> dos destinatários surgem absolutamente diferentes daquilo que pedem?
> Como é que se interioriza a futilidade dos nossos esforços? Como é que se
> consegue não ganhar importância, não importa o esforço, a abnegação, a
> entrega? Como é que se lida com a indiferença injustificada? Como é que
> nos tornamos capazes de encarar qualquer generosidade como intrinsecamente
> boa, mas factualmente inútil?
> Como é que conseguimos deixar de sentir alguma vergonha pelo que somos? Pela
> ingenuidade colocada em cada gesto tendente a dar alguma coisa? Como é que
> se aceitamos que uma certa linha condutora da vida quotidiana, assente num
> principio básico de não fazer mal e fazer bem se possível a alguém, seja
> insignificante?
> Como é que deixamos de nos sentir insignificantes? Como é que ganhamos um
> espaço á base dos esforços benignos, se de alguma forma acaba por nada
> significar?
> Como é que se propaga uma ideia contrária ao neo-realismo feiosos em que
> vivemos, através do simples acto de querer fazer mais que manter a
> elegância no contacto? Como é que se faz isso, se existe uma esquizofrenia
> clara na dinâmica da vivência entre as pessoas?
> Como é que ultrapassamos o egoísmo se chegarmos á conclusão de que ele é
> uma falsa, mas necessária ferramenta de sobrevivência?
> Como é que vivemos com o facto de nos envergonharmos por defender algo que
> parece perdido algures numa moderna e quixotesca cabeça? Como é que
> aceitamos e não cobramos a nós próprios a imensa tristeza de saber que
> não somos suficientemente importantes?
> Como é que se faz tudo isto?
> Como é que aceitamos tudo de todos e não somos aceites por quase nada? Como
> é que se consegue não ser alvo da mínima contemporização?
> Como é que se organiza uma vida? Como é que podemos de alguma forma deixar
> o mapa para o coração secreto, se somos somente sujeitos à pilhagem e
> exposição?
> Como é que se pode ser tão burro e ingénuo?
> Como é que se consegue ser eu?
>
> Como?
Incrivelmente... sem muito esforço! Começamos por comer a sopa, apesar de não gostarmos, porque a mamã ou o papá ralham e, quando damos por isso, estamos numa empresa, rodeados de gente imbecil que só pensa no seu próprio sucesso, chefiados por um imbecil maior que por sua vez é dirigido pelo(s) imbecil(is) mor que, apesar de todas as críticas, são exactamente aquilo que os imbecis dos nossos colegas aspiram a ser! Pelo meio tivemos de aturar imbecis na escola/faculdade (colegas, professores, auxiliares da secretaria, reitores, etc), aturar gajas imbecis só porque tinham um grande par de mamas ou um rabo de levantar o nabo até ao mais gay dos homens, ou os amigos imbecis das gajas baris, com quem namorámos ou gostávamos de namorar. E algures pelo meio fomos cedendo, pouco a pouco, uma vez que é preciso diplomacia, é preciso arranjar um compromisso, um meio-termo. Mas fomos perdendo a nossa identidade entre tantos meios termos! A única razão pela qual nos mantemos sãos é porque, no meio de tanta imbecilidade, de vez em quando, aparece alguém com rasgos de génio e/ou de lucidez e consegue-nos dar a beber um pouco dessa água da vida nesse deserto de identidades e ideias genuinas.
Tentamos abanar a cabeça, sacudir os ombros, piscar os olhos e tentar acordar deste pesadelo, apenas para ficarmos horrorizados ao constatarmos que esta é a triste realidade.
Um grande abraço, meu amigo!
> COMO?
>
> Como é que se consegue não ser suficiente.
> Como é que se vive com isso?
> Como é que conseguimos enfrentar a ideia de que tudo aquilo que fazemos,
> baseado numa lógica de positividade e afecto não serve de nada? Como é que
> se consegue de alguma forma racionalizar que o contributo das nossas acções
> não produz efeitos a qualquer nível?
> Como é que se aprende a não bastar? A ser aquilo que não chega? A não
> perceber o mínimo sentido para as coisas precisamente porque as reacções
> dos destinatários surgem absolutamente diferentes daquilo que pedem?
> Como é que se interioriza a futilidade dos nossos esforços? Como é que se
> consegue não ganhar importância, não importa o esforço, a abnegação, a
> entrega? Como é que se lida com a indiferença injustificada? Como é que
> nos tornamos capazes de encarar qualquer generosidade como intrinsecamente
> boa, mas factualmente inútil?
> Como é que conseguimos deixar de sentir alguma vergonha pelo que somos? Pela
> ingenuidade colocada em cada gesto tendente a dar alguma coisa? Como é que
> se aceitamos que uma certa linha condutora da vida quotidiana, assente num
> principio básico de não fazer mal e fazer bem se possível a alguém, seja
> insignificante?
> Como é que deixamos de nos sentir insignificantes? Como é que ganhamos um
> espaço á base dos esforços benignos, se de alguma forma acaba por nada
> significar?
> Como é que se propaga uma ideia contrária ao neo-realismo feiosos em que
> vivemos, através do simples acto de querer fazer mais que manter a
> elegância no contacto? Como é que se faz isso, se existe uma esquizofrenia
> clara na dinâmica da vivência entre as pessoas?
> Como é que ultrapassamos o egoísmo se chegarmos á conclusão de que ele é
> uma falsa, mas necessária ferramenta de sobrevivência?
> Como é que vivemos com o facto de nos envergonharmos por defender algo que
> parece perdido algures numa moderna e quixotesca cabeça? Como é que
> aceitamos e não cobramos a nós próprios a imensa tristeza de saber que
> não somos suficientemente importantes?
> Como é que se faz tudo isto?
> Como é que aceitamos tudo de todos e não somos aceites por quase nada? Como
> é que se consegue não ser alvo da mínima contemporização?
> Como é que se organiza uma vida? Como é que podemos de alguma forma deixar
> o mapa para o coração secreto, se somos somente sujeitos à pilhagem e
> exposição?
> Como é que se pode ser tão burro e ingénuo?
> Como é que se consegue ser eu?
>
> Como?
Incrivelmente... sem muito esforço! Começamos por comer a sopa, apesar de não gostarmos, porque a mamã ou o papá ralham e, quando damos por isso, estamos numa empresa, rodeados de gente imbecil que só pensa no seu próprio sucesso, chefiados por um imbecil maior que por sua vez é dirigido pelo(s) imbecil(is) mor que, apesar de todas as críticas, são exactamente aquilo que os imbecis dos nossos colegas aspiram a ser! Pelo meio tivemos de aturar imbecis na escola/faculdade (colegas, professores, auxiliares da secretaria, reitores, etc), aturar gajas imbecis só porque tinham um grande par de mamas ou um rabo de levantar o nabo até ao mais gay dos homens, ou os amigos imbecis das gajas baris, com quem namorámos ou gostávamos de namorar. E algures pelo meio fomos cedendo, pouco a pouco, uma vez que é preciso diplomacia, é preciso arranjar um compromisso, um meio-termo. Mas fomos perdendo a nossa identidade entre tantos meios termos! A única razão pela qual nos mantemos sãos é porque, no meio de tanta imbecilidade, de vez em quando, aparece alguém com rasgos de génio e/ou de lucidez e consegue-nos dar a beber um pouco dessa água da vida nesse deserto de identidades e ideias genuinas.
Tentamos abanar a cabeça, sacudir os ombros, piscar os olhos e tentar acordar deste pesadelo, apenas para ficarmos horrorizados ao constatarmos que esta é a triste realidade.
Um grande abraço, meu amigo!
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