Acredito em que o Natal já foi uma época genuína, em que havia paz entre os Homens e as pessoas se dedicavam ao altruísmo. Mas hoje em dia vejo o Natal como algo fruto de um consumismo exacerbado. Somos bombardeados com ideias para presentes de Natal cerca de 2 ou 3 meses antes, numa clara tentativa de se tentar ganhar alguns dias de publicidade à concorrência, à custa da nossa pachorra. E depois criou-se aquela ideia de que se tem de dar prendas a toda a gente que se conhece e, claro, como o dinheiro não estica, muitas vezes oferecem-se as piores prendas a quem mais se estima, porque "o que conta é a intenção", e as melhores prendas a quem menos importa, porque "parece mal oferecer uma coisa qualquer".
É por essa razão que, para mim, o Natal já não é motivo de festa. Continuo a apoiar todas as causas genuinamente humanitárias que me aparecerem pela frente, de resto à semelhança com o que faço nos outros 364 dias e 6 horas de cada ano, e a desconfiar muito de algumas causas espontâneas, obscuras e/ou mal identificadas ou com objectivos demasiado amplos ou pouco definidos, que aparecem como cogumelos especialmente nesta época.
Mas sou realista! O estado paga-me um subsídio de Natal para que eu o possa gastar e com isso estimular o consumo e a economia, e é isso mesmo que faço. Mas, ao contrário de muita gente, deixei de gastar o couro e o cabelo com prendas para toda a gente, apenas para ficar pior do que estava antes de receber o subsídio. Apesar de muitas vezes me exceder no montante gasto por cada prenda, passei a dar as prendas certas às pessoas certas. São as pessoas que melhor me conhecem, e que me amparam durante o ano, que as merecem. Afinal é sobre isso que o Natal deveria assentar.
Ho, ho, ho, como diria o velhinho de barbas brancas.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário