A todos os meus amigos,
Aos que me telefonam, aos que não telefonam mas pensam em fazê-lo apenas para se esquecerem no minuto a seguir. Aos que enviam emails aos quais respondo e aos que enviam emails que (ainda) não respondi porque deixei para depois, para ler com mais calma. Aos que me convidam para as suas festas de aniversário, apesar de nunca irem às minhas, aos que foram às minhas e nunca me convidaram para as deles. Aos que não fazem festas de aniversário. Aos que me convidaram para o seu casamento e que eu espero poder convidar no dia do meu, se ele chegar. A todos os que me amam e que, espero, sejam no mínimo o mesmo número daqueles a quem amo de volta. Aos cristão, aos judeus, aos muçulmanos, ateus, agnósticos ou crentes de outras formas de divindade. A todos os que eu não disse que os amo apesar de o sentir, porque vivemos numa sociedade em que dizer eu amo-te, em voz alta, pode ser mal interpretado (como é que um sentimento tão puro pode ser mal interpretado?). À minha família em constante crescimento. Aos amigos de infância que se perderam quando esta deu lugar à adolescência, aos amigos de infância que permanecem até hoje. O mesmo para os amigos da adolescência e aos que fiz já em idade adulta. Aos meus amigos endinheirados e aqueles a quem o dinheiro não lhes sorri, apesar dos esforços. Ao meu amigo Alex "franciú", que é o meu amigo mais antigo e do qual tenho muitas saudades porque não sei dele desde a Expo98...
Porque,
Acredito que só assim é que as amizades funcionam, quando há amor e não interesse. Que o Natal é o tempo de estar com a família e com todos os amigos que nos puderem fazer companhia, mesmo que por 5 minutos. O Natal não é o natal dos hospitais, não é oferecer aquela prenda porque nos sentimos obrigados, mas sim porque achámos que iriam gostar e, mais importante, que a mereceram. E, quando não encontrámos aquela prenda (seja porque razão for), um bom abraço, forte, quente, sentido e umas palavras de apreço vai perdurar durante muitos anos na memória tanto de quem o deu como de quem o recebeu. E como sabe bem ser abraçado numa noite fria! O Natal não é o consumismo instantâneo e se no Natal a economia sofre um alívio isso deve ser um efeito da necessidade de partilha e não a causa da mesma. De hoje para amanhã muda-se de casa, muda-se de cara, de pele, de número de télélé, de vida... morre-se... e ficaremos sempre presos a uma realidade que já não existe, com palavras que não dissemos, com gestos que não fizemos. E porque não tenho na memória todos os contactos de todos os meus amigos e, como não tenho, não acho justo que contacte uns e não outros recorrendo assim a esta forma democrática de os informar a todos, sem excepção, mesmo que nunca leiam estas linhas...
Quero-vos dizer que vos amo.
segunda-feira, dezembro 19, 2005
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1 comentário:
Há quem lhe chame lamecice, há quem lhe chame parvoice... eu também costumo fazer esse tipo de coisas e normalmente as pessoas gostam.
Também lhe chamo amor :)
Inconformado, de peito aberto...
Assim mêmo é que é! Mai nada!
Feliz Natal
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