Pesquisas Inconformadas

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Manias e taras...

Respondendo ao desafio, aqui vai:

Regulamento: "Cada bloguista participante tem de elencar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue.

1- Perfeccionismo - se se pode fazer melhor, porque não fazer? Se é o melhor que faço, então fico descansado porque dei tudo o que tinha... e quem dá o que tem... Mas se puder aprender a fazer melhor, agradeço a quem possa ensinar. Incluido neste ressaltava "Ensinar e aprender" - o pior burro é aquele que não quer aprender (eu sei que o ditado é com cego :) ). Acho que está tudo dito;

2- Desligar o telemóvel nos sítios/eventos em que este se torna incómodo... Hospitais e clínicas, locais de culto, funerais, cinemas, etc;

3- Exercício físico - fico doente se não o faço com alguma regularidade;

4- A verdade acima de tudo, ou quase. Se for para ser usada como arma, então perde o sentido. Se for usada com regularidade então é como o exercício físico... só faz bem;

5- Hägen Dazs - umas vezes não consigo resistir, outras consigo e não quero! Só coisas que deliciosamente m'atormentam :).

Agora a parte difícil... não tenho muita gente a quem lançar este desafio... mas aqui vai: Ao Passarinho e ao Lazlo, ao Animal, ao Troll de Serviço e ao Bart!

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Ela sorriu...

Ele tinha acabado de almoçar. Pediu a conta e pacientemente esperou. Com os olhos perscrutou cada pormenor do restaurante até que a conta chegou. Por indicação do empregado de mesa dirigiu-se à caixa, para pagar com cartão.

Ela recebeu-o com um sorriso:
- É para pagar?
Ele respondeu com um sorriso e estendeu-lhe o cartão.
- Visa, ou MB? - perguntou ela.
- Visa, sff.

Enquanto ela passava o cartão na máquina, ele observava cada pormenor do seu corpo. Os dedos compridos e delgados da mão dela, o braço tonificado, a ligeira assimetria dos seus ombros e costas, daquele ângulo, o cabelo apanhado que deixava antever o pescoço, a pele alva e luzidia com um aspecto de suavidade como o veludo, as feições bonitas e as belas formas de mulher adulta, não de adolescente.

- Assine aqui, sff.
Ele assinou o talão e entregou-lho. Olhou-a dentro dos olhos e como que a despiu de dentro para fora. Ela baixou os olhos... talvez ele tenha abusado um pouco, na profundidade do olhar:
- Aqui tem. Obrigado e volte sempre - ela voltava a olhá-lo, embora timidamente. Deixou escapar um leve sorriso.

Ele sorriu de volta e virou as costas, guardando os seus pertences na carteira. Deu dois passos e pausou. Voltou-se para trás:
- Desculpe...
Ela olhou, intrigada:
- Sim?
- Queria só dizer-lhe uma coisa...
Ele estava um pouco sem jeito. Ela franziu o sobrolho ao vê-lo inquieto.
- Você é realmente bonita! - a frase saiu-lhe como um suspiro preso no peito, lutando por sair. Virou as costas e continuou a marcha. Ela ficou indiferente, tinha ouvido piropos daqueles desde o início da adolescência.

Ele tinha acabado de sair pela porta quando ela se deu conta da sinceridade de cada uma das letras da frase que tinha acabado de ouvir. Começou a retirar o avental à pressa - aquela porcaria deu um nó quando ela tentou desfazer o laço... ela quase que o rasgou enquanto o tirava à pressa pela cabeça. Olhou para a mãe à procura de assentimento e compreensão. Não disse palavra mas os seus olhos debitavam toda a informação necessária. A mãe nada disse, apenas sorriu e abanou ligeiramente a cabeça...

Ela olhou-se ao espelho, alisou o cabelo, ajeitou a blusa e saiu disparada porta fora. Ele ia pouco mais à frente, com um andar pausado.
- DESCULPE! - Soltou ela enquanto acelerava o passo. Não queria correr mas também não queria ir devagar demais.

Agora era a vez dele de ficar intrigado.
- Aquelas palavras... aquele elogio... foi sentido, não foi?
A cabeça dele disparou com pensamentos a 1000 km/h. O que queria ela dizer com isso? Sim foi sentido e depois? Será que não gostou, sentiu-se ofendida?
A voz dela silenciou os pensamentos:
- O que é que quer de mim?
Os pensamentos dispararam ainda mais, passaram a barreira do som, cada vez mais próximos da velocidade da luz. Como assim? Não há perguntas fáceis? Os pensamentos tornaram-se imagens em fast forward. Um jantar à luz das velas, fazer amor numa praia tropical, ao pôr-do-sol, conhecê-la melhor, tendo grandes conversas para descobrir se a beleza interior era tanta como a exterior...
Ela interrompeu o "filme":
- Não estou habituada a não ser seduzida, depois de um elogio! A que não me peçam o nº de telefone ou o email...
Ele continuava mudo. As imagens, as palavras, tinham desaparecido.
- Mas você fez-me o melhor elogio da minha vida e não tentou obter nada em troca...
Ele apenas sorria com confiança no que o futuro lhe reservara:
- O meu nome é Filipe, muito prazer em conhecê-la...

terça-feira, fevereiro 14, 2006

1 flor, apenas...



Ofereço-te uma flor apenas,
Porque 10, 100, 1000 flores
Não chegam para te mostrar a minha paixão.

E a minha paixão arde mais do que 1000 sóis,
É mais vasta do que 1000 vias lácteas.

O universo envergonha-se de tal imensidão,
O multiverso desmultiplica-se em desculpas.

E, no fim, tal como no início,
Estou à tua espera...
À espera do teu sorriso.

Beija-me.