Morreu Luís Cabral

Hoje, com mais calma, cabe-me a honra de fazer a (minha) homenagem póstuma a um homem que, não tendo uma relação familiar directa comigo, em nome da minha amizade para com os seus filhos e a deles para comigo, sempre me tratou como se mais um filho eu fosse. Tantos verões passados naquela casa, tantas tardes a jogar Eleven com toda a família, tantas tropelias...

Muito se diz aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Cabral

Mas muito mais há e haverá a dizer. A foto que está na Wikipédia não lhe faz justiça, a meu ver, nem a que anexo mas que à falta de melhor me inspira mais a lembrança terna que dele guardo. A imagem que tenho dele era a de um sorriso rasgado, digno de um anúncio de pasta de dentes, e de uma mão aberta estendida ou de os braços abertos de par em par.

O mundo recorda-o como o grande combatente e libertador. E bem que faz o mundo.

Eu recordo-o como uma âncora firme no seio da sua família, um poço de sabedoria, cultura, amor, solidariedade e carinho. Sempre disposto a uma conversa, sempre disposto a dar um conselho, sempre ciente do espaço individual de cada um. Um excelente pai, que deixou bem criados 7 filhos, vários sobrinho e netos.

Descansa em paz, meu amigo. Vais para junto do teu irmão mas deixas cá toda a saudade e todo o amor. Obrigado por tudo!