Estava a fazer zapping e parei no canal Holywood. Estava a dar um filme sobre a segunda grande guerra (WWII), se não me engano. E parei para tentar perceber a história do mesmo. Estava a achar o filme uma seca, mas deu para perceber que o filme fala sobre amor em tempo de guerra.
É a história de um rapaz que se alista no exército, mas que se apaixona por uma rapariga que é muda (embora ele não saiba) e com quem começa a trocar cartas depois de ter apanhado o diário dela, que ela deixou cair, após lhe ter enviado o mesmo para casa.
A questão é que a mãe da rapariga, como todas as "boas" mães, resolve meter-se no meio da relação e tenta a todo o custo proteger a filha do mundo, não percebendo que primeiro deveria proteger a filha dos seus próprios (mãe) preconceitos. Abre-lhe as cartas, tenta impedi-la de se comunicar com o soldado, the works...
Isto fez-me pensar que, invariavelmente, as mães não conseguem evitar estes comportamentos e que isto tem sido uma constante em toda a história humana e serão certamente no futuro que se avizinha. Não interessa que idade têm os/as filhos/filhas! Para elas estes nunca estão prontos para enfrentarem os desafios do mundo e, portanto, é o "dever" delas protegê-los do mundo, nem que seja impedi-los de fazer seja o que for.
Arriscaria dizer que, nos primórdios da civilização humana, quando o Homo se tornou Erectus e começou a falar, houve um diálogo muito semelhante a este (*):
Mãe - Ó filha, não vês que ele não é certo para ti? Não o deves ver mais. Ele vai-te fazer sofrer!
Filha - Mas mãe, eu amo-o!
Mãe - Mas, filha, ele é um troglodita!!
(duh!) ;)
(*) traduzido do dialecto "grunhês" que era o dialecto usado na idade da pedra :).
sábado, março 20, 2004
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