Isto de ter um "artista convidado" nos blogs tem a sua piada e este foi bem escolhido :).
Em resposta a este excelente post:
http://cestdeboncoeur.blogspot.com/2006/05/com-mania.html#comments
O garanhão é o tipo que lhes diz aquilo que elas querem ouvir, no momento em que elas querem ouvir porque, como um cachorro que chora e arranha a porta da rua quando precisa de ir visitar a mãe natureza, aprendeu que determinados comportamentos obtêm bons resultados. Tenho vários amigos assim. Não só garanhões como pouco inteligentes :).
Por conseguinte um garanhão não é necessariamente inteligente mas é bastante esperto (quando vai à caça de gajas costuma trazer uma atrás)!
Como é que o tipo faz isso? Simples!
Imaginemos o seguinte cenário. Um "diálogo" entre o garanhão com a sua presa, num bar ou numa praia:
frase de aproximação - há milhares - como um "Desculpe, tem horas? Não trouxe relógio e o seu brilho não me deixa ver o sol! - LOL, inventei isto agora, hihihihi. Obviamente isto só dá na praia!
Ela responde qualquer coisa e ele remata: Obrigado. Já vi que tem bom gosto nos relógios, esse é bem bonito!
Ela: Acha? Esta coisa tão simples?
Ele : Claro, é na sua simplicidade que está a beleza - armadilha nº1, ele já está a falar dela e ela pensa que é do relógio - Também faz colecção?
Ela: Sim, como adivinhou? Tenho um montão de swatches e uns poucos, mais caros, de outras marcas...
Ele: Huum, é então uma pessoa divertida, sempre à procura de coisas novas?
Ela: Bem, tento ser, mas acho que não tenho muito jeito...
Ele: Então não tem? Estou aqui há 2 minutos e parece que já a conheço há 2 anos. Mas mesmo assim sinto que gostaria de a conhecer ainda mais.
A partir daqui a conversa pode tomar vários rumos, mas imaginemos que ele acaba por a elogiar e ela diz que está gorda (que estranho, uma mulher queixar-se que está gorda :). Ele diz logo que não, que ela está bem e que não o diz só por dizer. Aliás está bem melhor que essas olívias palitos das novelas que uma pessoa ao vivo, se as vir de frente, pensa que estão de lado. Coisas desse género... Ele diz-lhes o que elas gostam e/ou precisam de ouvir e, com o tempo, a lingerie dela vai aparecer ao vivo e a cores (vês Patrícia, fala-se de mulheres e lingerie aqui).
Agora a pergunta que se coloca... Então e tu, és um garanhão? E eu, como qualquer garanhão que se preze, digo logo que não :) ! Mas, ao contrário do que um garanhão diria, eu explico porquê bem explicadinho... não tenho paciência para meias verdades, inverdades ou mesmo mentiras em nome de mais uma queca, para poder colocar o risco na parede. Para mim, o jogo da sedução é algo que deve ser jogado de uma forma limpa e sem tabus. Além de que gosto de desafios que impliquem o uso da inteliência e não da chico-espertice!
quarta-feira, maio 31, 2006
Ah e tal, é giro!
Meus amigos (e amigas, falo no sentido lato),
Podem parar de me enviar mensagens que digam que é para enviar para o maior número de contactos! A Microsoft não me ofereceu nenhum telemóvel, a Nokia nenhum LCD, a Samsung nenhum Windows, dinheiro só o que ganho do meu ordenado e continuo com a mesma boa sorte de sempre o que é de estranhar porque pelas minhas contas deveria ter uns 4532 anos de azar por ter apagado uma série de mensagens estúpidas... eu sei lá. Nenhuma menina de 13 anos morreu de caspa no fígado, nenhum menino de 7 morreu de beber partículas xixi seco de rato nas bordas das latas de refrigerante, e se não sabem qual é o tipo de sangue raro nem qual é o dador universal, então ao invés de mandarem emails deviam era ir ao hospital mais próximo e dar sangue. As enfermeiras explicam-vos tudo nos 5 minutos que aquilo demora.
Mas o topo da cereja são os Power Points (extensão .ppt), aqueles ficheiros enormes com montes de fotos de paisagens de países que não sei se terei dinheiro para os visitar a todos, restaurantes, casas, carros (e outros bens materiais) que provavelmente nunca frequentarei, utilizarei ou terei a não ser que me torne um mafio... desculpem... empresário internacional, ou com gajas que nunca levarei para a cama e, como a adolescência já passou, também nunca me masturbarei a pensar nelas!
Sou uma pessoa razoável e sei reconhecer que é bom receber emails dos amigos. Mas tenho de vos dizer que tudo o que é demais, faz mal. Tem piada ao princípio, depois começa a ter piada só de vez em quando e, quanto temos mais de 1000 emails para ler, com mais de 1GB de tamanho da mailbox, a piada desaparece toda. É que, como as mensagens são dos meus amigos, eu quero lê-las todas. Mas como não as consigo ler todas, não vejo muitas que se calhar eram importantes e/ou tinham uma altura certa para ler... e isso não tem piada nenhuma.
Por isso desculpem lá este desabafo e enviem-me, por email, só as coisas realmente importantes, ok?
Obrigado e ósculos deliciosos mais amplexos com vontade!
Podem parar de me enviar mensagens que digam que é para enviar para o maior número de contactos! A Microsoft não me ofereceu nenhum telemóvel, a Nokia nenhum LCD, a Samsung nenhum Windows, dinheiro só o que ganho do meu ordenado e continuo com a mesma boa sorte de sempre o que é de estranhar porque pelas minhas contas deveria ter uns 4532 anos de azar por ter apagado uma série de mensagens estúpidas... eu sei lá. Nenhuma menina de 13 anos morreu de caspa no fígado, nenhum menino de 7 morreu de beber partículas xixi seco de rato nas bordas das latas de refrigerante, e se não sabem qual é o tipo de sangue raro nem qual é o dador universal, então ao invés de mandarem emails deviam era ir ao hospital mais próximo e dar sangue. As enfermeiras explicam-vos tudo nos 5 minutos que aquilo demora.
Mas o topo da cereja são os Power Points (extensão .ppt), aqueles ficheiros enormes com montes de fotos de paisagens de países que não sei se terei dinheiro para os visitar a todos, restaurantes, casas, carros (e outros bens materiais) que provavelmente nunca frequentarei, utilizarei ou terei a não ser que me torne um mafio... desculpem... empresário internacional, ou com gajas que nunca levarei para a cama e, como a adolescência já passou, também nunca me masturbarei a pensar nelas!
Sou uma pessoa razoável e sei reconhecer que é bom receber emails dos amigos. Mas tenho de vos dizer que tudo o que é demais, faz mal. Tem piada ao princípio, depois começa a ter piada só de vez em quando e, quanto temos mais de 1000 emails para ler, com mais de 1GB de tamanho da mailbox, a piada desaparece toda. É que, como as mensagens são dos meus amigos, eu quero lê-las todas. Mas como não as consigo ler todas, não vejo muitas que se calhar eram importantes e/ou tinham uma altura certa para ler... e isso não tem piada nenhuma.
Por isso desculpem lá este desabafo e enviem-me, por email, só as coisas realmente importantes, ok?
Obrigado e ósculos deliciosos mais amplexos com vontade!
quinta-feira, maio 04, 2006
Vamos lá experimentar isto
Hallo, ppl.
Desde Julho do ano passado que criei uma espécie de newsletter, que envio para um conjunto de pessoal amigo. A certa altura, o nosso anfitrião passou a fazer parte dessa lista.
Um dado dia, ele teve a gentileza de me convidar a passar por aqui e dizer qualquer coisa. Fui adiando, dando até a impressão que me estava a fazer de difícil. Garanto-vos que não era o caso :) Para me envergonhar, ele decidiu fazer 2º convite. OK, I can take a hint. Deixemo-nos de pretextos do tipo "quando a vida estiver organizada" - até porque o mais certo é isso nunca acontecer - e vamos a isto.
Peço-vos apenas um pouco de paciência. Por um lado, é a primeira vez que faço um post num blog. Por outro, tenho tendência a alongar-me, como irão rapidamente perceber neste post. Foi criado em 2006-02-08, em resposta a um artigo da coluna "Salto Agulha", do jornal Destak, de 2006-02-03. Nesta coluna, a senhora queixava-se que os homens não prestam a devida atenção à lingerie. Enjoy! :)
--
Cara Sofia,
Este post é um comentário ao seu artigo "Lin... gerir", publicado no Destak de sexta-feira, 2006-02-03.
Há umas semanas atrás, no programa "Elas Sobre Eles" na SIC Mulher, uma mulher queixava-se da obsessão dos homens com a lingerie, chegando ao ponto de afirmar que "parece que os anjinhos precisam destas coisas para terem prazer". Agora, vejo aqui outra mulher a afirmar que, afinal, "os anjinhos" não ligam pevide (nem nenhuma outra espécie de semente >;> ) a estas coisas...
Afinal, no que é que ficamos? Todas vocês falam de homens cheias de autoridade e conhecimento de causa, mas depois proferem afirmações contraditórias. Um tipo fica assim a modos que confundido, não é? Portanto, deixo a questão - afinal, nós gostamos ou não de lingerie? É que eu próprio já não sei :)
Ah, e já que estamos numa de dúvidas... há uns dias enviaram-me uma pergunta à qual não consegui responder, e pensei que talvez me pudesse dar uma ajuda - se os homens são todos iguais (mais uma frase dita com grande conhecimento de causa por todas as mulheres por esse mundo fora), porque é que as mulheres são tão esquisitas a escolher?
Adiante...
A lingerie é... um acessório. Ou seja, se estiver lá, óptimo; senão, não serei eu a dar por falta dela. IMHO, o papel mais importante da lingerie é revelar-me algo sobre a mulher que a veste - permite-me saber que ela é suficientemente desinibida para escolher uma determinada peça de vesturário íntimo, comprá-la, e vesti-la quando quer e porque quer (e não há nada melhor que uma mulher desinibida). Mas não é por isso que deixa de ser um acessório.
Há peças extremamente sensuais. Eu sou o primeiro a admitir que por vezes, ao passar por uma loja de lingerie, admiro a montra e vejo coisas que me agradam. Mas, por muito espectacular que possa ser a lingerie, o importante é a mulher, e não será no que ela tem vestido que eu irei concentrar a minha atenção.
No entanto, ao ler o seu texto, houve algo que me saltou à vista - trata-se de uma reclamação sobre o facto de os homens, perante uma mulher vestindo uma lingerie sexy, não ligarem à lingerie. Vi imensas referências à importância que a mulher dá à lingerie, e ao prazer que lhe dá vesti-la; mas não vi uma única referência ao acto de comunicar essa importância e esse prazer ao homem. Ou seja, é suposto que o homem faça uso dos seus conhecidos talentos na área de telepatia, e adivinhe o que se passa na cabeça da sua parceira :)
Se a mulher gosta de fazer sexo sem tirar a lingerie, então que tal (e eu sei que para muitas de vocês esta será uma noção revolucionária, mas tentem habituar-se à ideia aos poucos)... dizê-lo? Já pensaram bem que este conceito verdadeiramente inovador de comunicarem ao vosso parceiro aquilo que querem e sentem, de forma explícita e livre de ambiguidades e subtilezas, pode ser o caminho a seguir? :)
E atenção, que este conceito é polivalente q.b., e não se esgota na lingerie. P. ex., há um momento da série "Coupling" que acho genial. Uma das personagens femininas está a fazer uma "avaliação" a um dos personagens masculinos, e a certa altura diz o seguinte:
Jane: So we proceed to the clitoris. So difficult to find, so elusive. You know... there's something women down the Ages have wanted to ask, and... perhaps I should just ask it, now. Just how difficult to find, just how elusive is... "front and center"? That's not exactly hiding. It doesn't move. It doesn't go anywhere. It doesn't pop 'round the back in all the excitement.
Que podemos traduzir para:
Jane: Passemos, então, ao clitóris. Sempre tão difícil de encontrar, sempre tão fugidio. Sabes... através dos tempos, há uma pergunta que as mulheres sempre quiseram fazer, e... talvez esteja na altura de eu a fazer. Quão difícil é de encontrar, quão fugidio é... "mesmo na tua cara"? Não está propriamente escondido. Não se mexe. Não desaparece. Não vai parar atrás das costas, com tanta excitação.
É verdade. And yet... cada uma de vocês tem aquela preferência especial que a deixa "no ponto" (aquele momento em que parece que há uma qualquer força invisível que se esforça por vos elevar no ar pelo umbigo, fazendo aquele arquear das costas que é simplesmente lindo) - há quem prefira toques suaves e de fugida com a língua; há quem prefira um toque mais prolongado e forte, com a língua ou com o dedo humedecido; há quem prefira uma sucessão de toques rápidos com a parte de dentro do lábio inferior.
Minhas queridas, o problema não é encontrá-lo (bem, quando vocês insistem que tem que ser às escuras, às vezes é complicado; mas isso do vosso medo da luz - por oposição ao medo do escuro - será tema para outro dia); o problema é tentar adivinhar o que vocês gostariam que nós fizéssemos com ele. É que se não o disserem, se não nos mostrarem, terão de sujeitar-se à "tentativa-e-erro".
A verdade é que a receita básica, seja para a "queca-animalesca-tipo-já-cheira-a-borracha-queimada", seja para o "fazer-amor-com-carinho-e-ternura-e-convém-um-pouco-de-movimento-de-vez-em-quando-para-que-cada-um-se-aperceba-que-o-outro-não-adormeceu", é sempre a mesma: Um homem e uma mulher (cada qual poderá alterar estes ingredientes de acordo com a sua orientação sexual, preferência numérica, etc). Tudo o resto é tempero. E cada pessoa tem o seu próprio gosto no que diz respeito a temperos. E ninguém tem a obrigação de adivinhar o gosto dos outros. Cabe a cada um de nós anunciar o seu gosto.
Portanto, isto tudo para dizer que... a minha opinião sobre lingerie é neutra. Não tenho nada contra, nem a considero indispensável. Mas se uma mulher me disser que adora fazer sexo com lingerie, sou capaz de começar a dar mais atenção a esse pormenor. Não porque a minha opinião tenha mudado naquele momento, mas porque terei acabado de aprender algo mais que posso fazer para satisfazer essa mulher.
E essa é a grande maravilha do sexo - a aprendizagem de parte a parte. Ao entregarmo-nos e revelarmos o que sentimos e do que gostamos, estamos a dar à outra pessoa o que ela precisa de saber para nos satisfazer. Nunca me convenceu muito aquela teoria de que "eu tenho é que entrar no acto concentrado no meu prazer, ela tem mais é que concentrar-se no dela, e prontos". O que me dá prazer é dar prazer. E para isso, nada melhor que cada um mostrar ao outro aquilo de que gosta.
Senão, concordo consigo; mais vale realmente evitar chatices, e ficarmo-nos por um serão solitário - vocês a pilhas, e nós a pulso ;)
Ah... a cuequinha para o lado fica, de facto, muito gira (assim como a cuequinha na zona dos joelhos, apesar de esta ser menos polivalente no que diz respeito a posições). Mas ainda não encontrei uma mulher que o faça, por sua própria iniciativa. Vocês até podem gostar, mas... mais uma vez, nós não adivinhamos :)
Obrigado pelo artigo, gostei muito!
E um obrigado ao Miguel Duarte por me ter chamado a atenção para o artigo :)
:* & []
Desde Julho do ano passado que criei uma espécie de newsletter, que envio para um conjunto de pessoal amigo. A certa altura, o nosso anfitrião passou a fazer parte dessa lista.
Um dado dia, ele teve a gentileza de me convidar a passar por aqui e dizer qualquer coisa. Fui adiando, dando até a impressão que me estava a fazer de difícil. Garanto-vos que não era o caso :) Para me envergonhar, ele decidiu fazer 2º convite. OK, I can take a hint. Deixemo-nos de pretextos do tipo "quando a vida estiver organizada" - até porque o mais certo é isso nunca acontecer - e vamos a isto.
Peço-vos apenas um pouco de paciência. Por um lado, é a primeira vez que faço um post num blog. Por outro, tenho tendência a alongar-me, como irão rapidamente perceber neste post. Foi criado em 2006-02-08, em resposta a um artigo da coluna "Salto Agulha", do jornal Destak, de 2006-02-03. Nesta coluna, a senhora queixava-se que os homens não prestam a devida atenção à lingerie. Enjoy! :)
--
Cara Sofia,
Este post é um comentário ao seu artigo "Lin... gerir", publicado no Destak de sexta-feira, 2006-02-03.
Há umas semanas atrás, no programa "Elas Sobre Eles" na SIC Mulher, uma mulher queixava-se da obsessão dos homens com a lingerie, chegando ao ponto de afirmar que "parece que os anjinhos precisam destas coisas para terem prazer". Agora, vejo aqui outra mulher a afirmar que, afinal, "os anjinhos" não ligam pevide (nem nenhuma outra espécie de semente >;> ) a estas coisas...
Afinal, no que é que ficamos? Todas vocês falam de homens cheias de autoridade e conhecimento de causa, mas depois proferem afirmações contraditórias. Um tipo fica assim a modos que confundido, não é? Portanto, deixo a questão - afinal, nós gostamos ou não de lingerie? É que eu próprio já não sei :)
Ah, e já que estamos numa de dúvidas... há uns dias enviaram-me uma pergunta à qual não consegui responder, e pensei que talvez me pudesse dar uma ajuda - se os homens são todos iguais (mais uma frase dita com grande conhecimento de causa por todas as mulheres por esse mundo fora), porque é que as mulheres são tão esquisitas a escolher?
Adiante...
A lingerie é... um acessório. Ou seja, se estiver lá, óptimo; senão, não serei eu a dar por falta dela. IMHO, o papel mais importante da lingerie é revelar-me algo sobre a mulher que a veste - permite-me saber que ela é suficientemente desinibida para escolher uma determinada peça de vesturário íntimo, comprá-la, e vesti-la quando quer e porque quer (e não há nada melhor que uma mulher desinibida). Mas não é por isso que deixa de ser um acessório.
Há peças extremamente sensuais. Eu sou o primeiro a admitir que por vezes, ao passar por uma loja de lingerie, admiro a montra e vejo coisas que me agradam. Mas, por muito espectacular que possa ser a lingerie, o importante é a mulher, e não será no que ela tem vestido que eu irei concentrar a minha atenção.
No entanto, ao ler o seu texto, houve algo que me saltou à vista - trata-se de uma reclamação sobre o facto de os homens, perante uma mulher vestindo uma lingerie sexy, não ligarem à lingerie. Vi imensas referências à importância que a mulher dá à lingerie, e ao prazer que lhe dá vesti-la; mas não vi uma única referência ao acto de comunicar essa importância e esse prazer ao homem. Ou seja, é suposto que o homem faça uso dos seus conhecidos talentos na área de telepatia, e adivinhe o que se passa na cabeça da sua parceira :)
Se a mulher gosta de fazer sexo sem tirar a lingerie, então que tal (e eu sei que para muitas de vocês esta será uma noção revolucionária, mas tentem habituar-se à ideia aos poucos)... dizê-lo? Já pensaram bem que este conceito verdadeiramente inovador de comunicarem ao vosso parceiro aquilo que querem e sentem, de forma explícita e livre de ambiguidades e subtilezas, pode ser o caminho a seguir? :)
E atenção, que este conceito é polivalente q.b., e não se esgota na lingerie. P. ex., há um momento da série "Coupling" que acho genial. Uma das personagens femininas está a fazer uma "avaliação" a um dos personagens masculinos, e a certa altura diz o seguinte:
Jane: So we proceed to the clitoris. So difficult to find, so elusive. You know... there's something women down the Ages have wanted to ask, and... perhaps I should just ask it, now. Just how difficult to find, just how elusive is... "front and center"? That's not exactly hiding. It doesn't move. It doesn't go anywhere. It doesn't pop 'round the back in all the excitement.
Que podemos traduzir para:
Jane: Passemos, então, ao clitóris. Sempre tão difícil de encontrar, sempre tão fugidio. Sabes... através dos tempos, há uma pergunta que as mulheres sempre quiseram fazer, e... talvez esteja na altura de eu a fazer. Quão difícil é de encontrar, quão fugidio é... "mesmo na tua cara"? Não está propriamente escondido. Não se mexe. Não desaparece. Não vai parar atrás das costas, com tanta excitação.
É verdade. And yet... cada uma de vocês tem aquela preferência especial que a deixa "no ponto" (aquele momento em que parece que há uma qualquer força invisível que se esforça por vos elevar no ar pelo umbigo, fazendo aquele arquear das costas que é simplesmente lindo) - há quem prefira toques suaves e de fugida com a língua; há quem prefira um toque mais prolongado e forte, com a língua ou com o dedo humedecido; há quem prefira uma sucessão de toques rápidos com a parte de dentro do lábio inferior.
Minhas queridas, o problema não é encontrá-lo (bem, quando vocês insistem que tem que ser às escuras, às vezes é complicado; mas isso do vosso medo da luz - por oposição ao medo do escuro - será tema para outro dia); o problema é tentar adivinhar o que vocês gostariam que nós fizéssemos com ele. É que se não o disserem, se não nos mostrarem, terão de sujeitar-se à "tentativa-e-erro".
A verdade é que a receita básica, seja para a "queca-animalesca-tipo-já-cheira-a-borracha-queimada", seja para o "fazer-amor-com-carinho-e-ternura-e-convém-um-pouco-de-movimento-de-vez-em-quando-para-que-cada-um-se-aperceba-que-o-outro-não-adormeceu", é sempre a mesma: Um homem e uma mulher (cada qual poderá alterar estes ingredientes de acordo com a sua orientação sexual, preferência numérica, etc). Tudo o resto é tempero. E cada pessoa tem o seu próprio gosto no que diz respeito a temperos. E ninguém tem a obrigação de adivinhar o gosto dos outros. Cabe a cada um de nós anunciar o seu gosto.
Portanto, isto tudo para dizer que... a minha opinião sobre lingerie é neutra. Não tenho nada contra, nem a considero indispensável. Mas se uma mulher me disser que adora fazer sexo com lingerie, sou capaz de começar a dar mais atenção a esse pormenor. Não porque a minha opinião tenha mudado naquele momento, mas porque terei acabado de aprender algo mais que posso fazer para satisfazer essa mulher.
E essa é a grande maravilha do sexo - a aprendizagem de parte a parte. Ao entregarmo-nos e revelarmos o que sentimos e do que gostamos, estamos a dar à outra pessoa o que ela precisa de saber para nos satisfazer. Nunca me convenceu muito aquela teoria de que "eu tenho é que entrar no acto concentrado no meu prazer, ela tem mais é que concentrar-se no dela, e prontos". O que me dá prazer é dar prazer. E para isso, nada melhor que cada um mostrar ao outro aquilo de que gosta.
Senão, concordo consigo; mais vale realmente evitar chatices, e ficarmo-nos por um serão solitário - vocês a pilhas, e nós a pulso ;)
Ah... a cuequinha para o lado fica, de facto, muito gira (assim como a cuequinha na zona dos joelhos, apesar de esta ser menos polivalente no que diz respeito a posições). Mas ainda não encontrei uma mulher que o faça, por sua própria iniciativa. Vocês até podem gostar, mas... mais uma vez, nós não adivinhamos :)
Obrigado pelo artigo, gostei muito!
E um obrigado ao Miguel Duarte por me ter chamado a atenção para o artigo :)
:* & []
quarta-feira, maio 03, 2006
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